Rússia perdeu 20% de sua frota do Mar Negro em quatro meses, segundo o governo britânico

Secretário de Defesa do Reino Unido exalta contraofensiva de Kiev e exalta colaboração de seu país e também da Noruega

Cerca de 20% da frota do Mar Negro das Forças Armadas da Rússia foi perdida nos últimos quatro meses de guerra na Ucrânia, o que indica o sucesso da contraofensiva realizada atualmente por Kiev. A afirmação foi feita na terça-feira (26) por Grant Shapps, secretário de Defesa do Reino Unido, que se manifestou através de seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

“Esta última destruição da Marinha de Putin demonstra que aqueles que acreditam que há um impasse na guerra na Ucrânia estão errados!”, afirmou Shapps na publicação, sugerindo que a contraofensiva ucraniana está, sim, surtindo os efeitos esperados.

O secretário de Defesa ainda atribuiu parte do sucesso da Ucrânia ante à Marinha russa à colaboração com Reino Unido e Noruega, membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

No início de dezembro, os governos britânico e norueguês anunciaram a formação da Coalizão de Capacidade Marítima, um plano conjunto para ajudar a desenvolver a Marinha ucraniana e assim enfrentar a poderosa esquadra russa.

Embarcação da marinha da Rússia em treinamento, fevereiro de 2022 (Foto: facebook.com/mod.mil.rus)

“O domínio da Rússia no Mar Negro é agora desafiado, e a nova Coalizão de Capacidade Marítima liderada pelo Reino Unido e pela Noruega está ajudando a garantir que a Ucrânia vencerá no mar”, disse Shapps.

A Marinha russa, mais especificamente a frota do Mar Negro, tornou-se alvo habitual de Kiev na guerra contra a Rússia. O maior feito ucraniano até agora foi o afundamento do cruzador Moskva, orgulho da esquadra de Moscou, que veio a pique em abril de 2022.

Embora o Kremlin insista em dizer que ele foi destruído por um incêndio que atingiu o depósito de munições, serviços de inteligência ocidentais dizem que mísseis de cruzeiro disparados pelas forças ucranianas foram responsáveis pelo afundamento da embarcação.

Já em setembro deste ano, um grande bombardeio atingiu uma base usada pela Marinha da Rússia em Sebastopol, na Crimeia. Kiev alegou na oportunidade que ao menos um navio de desembarque e um submarino foram atingidos, impondo assim duras perdas à frota do Mar Negro russa.

Diferente das negativas no caso do Moskva, o governo russo não escondeu ter sido alvo de um duro ataque em setembro. Alegou que a Ucrânia usou dez mísseis de cruzeiro, sete deles supostamente abatidos pelas forças de Moscou, e três drones, todos neutralizados. Disse, ainda, que duas embarcações foram atingidas, sem dar maiores detalhes.

O mais recente sucesso ucraniano contra a Marinha russa foi anunciado na terça-feira (26), quando um navio de guerra com mísseis de cruzeiro foi atingido na Crimeia, segundo a agência Reuters. A Rússia admitiu que o navio de desembarque Novocherkassk foi danificado no ataque.

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