Sem Kremlin, nova presidente da Moldávia defende aproximação com UE

Maia Sandu derrotou o atual presidente da Moldávia, Igor Dodon, no segundo turno com cerca de 58% dos votos

Eleita neste domingo (15) com 57,75% dos votos, Maia Sandu é a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Moldávia, registrou a Deutsche Welle.

A favor de laços mais estreitos com a União Europeia, a nova líder derrotou o atual presidente, Igor Dodon, apoiado abertamente pela Rússia, em um segundo turno disputado na ex-república soviética.

No comando do Partido da Ação e Solidariedade, Sandu prometeu combater a corrupção endêmica do país afetado por diversas crises políticas e escândalos bilionários nos últimos anos.

Recentemente, um esquema de fraude bancária de mais de US$ 1 bilhão veio a público na pequena nação europeia de 3,5 milhões de habitantes. O valor corresponde a quase 15% da produção econômica anual do país, o mais pobre da Europa.

Sem apoio do Kremlin, nova presidente da Moldávia defende aproximação com UE
A nova presidente da Moldávia, Maia Sandu, em encontro de líderes do Partido Popular Europeu em Bruxelas, setembro de 2017 (Foto: European People’s Party)

Sandu trabalhou para o Banco Mundial e ocupou brevemente o posto de primeira-ministra da Moldávia, em 2019. Durante a campanha, Dodon usou a sua trajetória profissional contra a política, ao alegar que Sandu buscava “desestabilizar” o país.

Em outubro, o presidente russo Vladimir Putin pediu que os moldavos votassem em Dodon. “Espero que, como chefe de Estado, facilite o desenvolvimento das relações entre nossos países”, disse Putin depois de saber o resultado da votação, em nota.

Com influência direta na antiga nação soviética, Moscou busca manter os governos da região alinhados ao Kremlin em meio a alta agitação política.

Já Dodon afirmou nesta segunda (16) que só admitirá a derrota quando os tribunais confirmarem que nada de impróprio ocorreu no processo de votação. “Eu a parabenizo por precaução”, disse.

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