Ucrânia acusa Moscou de executar prisioneiros após tomada de Avdiivka

Serviço de Segurança ucraniano iniciou uma investigação após a divulgação de imagens que supostamente mostram os assassinatos

A Ucrânia anunciou no domingo (18) que está investigando a suspeita de que forças russas teriam executado seis soldados ucranianos desarmados após tomarem o controle da cidade de Avdiivka no fim de semana. As informações são da agência Reuters.

De acordo com a agência de notícias estatal Ukrinform, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), a principal agência de inteligência do país, em conjunto com o Ministério Público Regional de Donetsk, iniciou uma investigação preliminar sobre o suposto assassinato de prisioneiros de guerra em Avdiivka e no vilarejo de Vesele.

Segundo o canal de Telegram do escritório da promotoria na região de Donetsk, os seis soldados ucranianos detidos foram executados em Avdiivka enquanto aguardavam evacuação por estarem gravemente feridos. A fonte não foi mencionada.

Cidade de Avdiivka durante combates no início de janeiro deste ano (Foto: WikiCommons)

De acordo com a Ukrinform, as forças terrestres da Ucrânia compartilharam evidências dos assassinatos no Telegram. Um vídeo, aparentemente filmado por um drone, mostra um homem identificado como um soldado russo atirando de perto em dois soldados ucranianos capturados. As cenas têm uma trincheira estreita como cenário.

O porta-voz militar ucraniano Dmytro Lykhoviy afirmou que ainda “não é possível confirmar ou refutar” os eventos, mas destacou que Moscou já cometeu crimes de guerra no passado.

Até o momento, o Kremlin não se pronunciou publicamente sobre as alegações.

Desde a invasão em grande escala da Rússia à Ucrânia, que na quinta-feira (22) irá completar dois anos, Kiev tem acusado Moscou de cometer assassinatos ilegais e outros crimes de guerra. Por sua vez, a Rússia também acusou a Ucrânia de violações do direito internacional.

No sábado (17), a Rússia anunciou que havia assumido o controle total de Avdiivka após a retirada das forças ucranianas, marcando sua maior conquista desde a queda de Bakhmut em maio passado.

O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou a captura da cidade como “uma vitória importante” na guerra que parece distante de um desfecho.

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