Depois da Polônia, as especulações de que a Turquia deixará a Convenção de Istambul fizeram com que milhares saíssem às ruas em protesto, na quarta (5).
Os manifestantes exigem que o país permaneça signatário do pacto internacional contra a violência de gênero, informou a Al-Jazeera. Houve confronto com a polícia e 10 mulheres foram detidas.

Na última semana, surgiram rumores de que o presidente, Recep Tayyip Erdogan, considerava a possibilidade de retirar a Turquia do tratado.
Para os conservadores turcos, o acordo “incentiva a violência e mina as estruturas familiares”.
Assinada em 2011, a Convenção de Istambul é o principal instrumento para prevenir e combater a violência contra as mulheres, desde o estupro conjugal à mutilação feminina.
Só em 2019, mais de 470 mulheres foram assassinadas na Turquia, apontou a plataforma “We Will Stop Femicides“.
A maioria das vítimas foi morta por atuais ou ex-parceiros, membros da família ou homens que queriam um relacionamento.