São 79,5 milhões milhões o número de pessoas que precisaram fugir de suas casas em todo o mundo, de acordo com o relatório anual da Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados), divulgado nesta quinta (18) em Genebra, na Suíça.

O número, classificado como “motivo de grande preocupação” pelo alto-comissário Filippo Grandi, revela que uma em cada 97 pessoas no mundo foram tiradas à força de suas casas.

“Isso é aproximadamente 1% da população mundial, nunca tínhamos alcançado essa porcentagem tão significativa”, afirmou Grandi, em coletiva em Genebra.

Destas, 26 milhões são refugiadas e 40% são crianças. Outras 45,7 milhões fugiram para buscar abrigo dentro de seu próprio país. Cerca de 85% desses indivíduos vivem em países em desenvolvimento. Em 2019, 8,7 milhões de pessoas tiveram de se deslocar.

Também no ano passado foram registrados dois milhões de pedidos de asilo em todo o mundo. Um pedido de asilo pressupõe que o solicitante sofre perseguição política ou religiosa, por exemplo, em seu país de origem.

Já o refúgio está relacionado a uma guerra civil ou situação-limite, como crise econômica grave. É o caso dos venezuelanos que vem ao Brasil, parte significativa dos 3,6 milhões em diáspora em todo o mundo.

Sete em cada dez pessoas que precisam deixar suas casas são egressas de cinco países: Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar.