A Grécia tem expulsado migrantes que chegam no país por via marítima e terrestre vindas da Turquia, denunciou nesta sexta (12) a OIM (Organização Mundial para Migrações).
As “expulsões coletivas” vêm na esteira da afirmação do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em fevereiro deste ano, que liberaria a passagem dos refugiados.
Desde o início de março, cerca de três mil pessoas chegaram à fronteira entre os países. O número após o início da pandemia, mas as expulsões têm crescido, segundo a UNHCR (Agência das Nações Unidas para Refugiados).
As remoções forçadas seriam uma violação das “obrigações internacionais da Grécia e podem expor as pessoas a graves perigos”, afirmou nesta sexta o porta-voz da UNHCR Babar Baloch.
Segundo Baloch, o país tem o direito de controlar suas fronteiras, mas deve respeitar os direitos humanos internacionais e diretrizes de proteção dos refugiados.
“Os solicitantes de asilo devem ter acesso aos procedimentos normais e proteção contra deportação forçada”, afirmou.
O porta-voz lembrou que a pandemia piorou a situação das famílias que deixaram seus países. Por isso, quem “é a forçado a fugir de conflitos e perseguição não podem ter negadas a chance de segurança e proteção nessas circunstâncias.”
A UNHCR recomendou que sejam implementados controles de quarentena de duas semanas e avaliações de saúde aos migrantes, para evitar contágio pelo novo coronavírus.