Em nova derrota, Brasil não elege juíza para Tribunal da ONU em Haia

Desembargadora brasileira abandonou a disputa após um fraco desempenho nas eleições do órgão, em dezembro

O isolamento diplomático do governo de Jair Bolsonaro afastou o Brasil de um assento no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A desembargadora Mônica Sifuentes abandonou a disputa pelo cargo após um fraco desempenho nas eleições do órgão, em dezembro.

A informação é do colunista da UOL Jamil Chade. A derrota indica o distanciamento do Brasil na comunidade internacional, já que a votação coincide seria um termômetro da popularidade do governo brasileiro na arena externa.

O tribunal deve eleger seis novos juízes para o órgão, entre 18 candidatos. Pelo sistema do tribunal, os representantes dos países realizam rodadas de votação até que os seis nomes conquistem dois terços dos votos.

Em derrota diplomática, Brasil não elege juíza para Tribunal da ONU em Haia
Fachada do Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília (DF). Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

Na América Latina, Costa Rica e México elegeram Sergio Ugalde e Maria del Socorro Flores, respectivamente. Ambos acumularam 87 votos cada.

Os outros nomes vêm do Reino Unido, Serra Leoa e Geórgia. Trindade e Tobago e Tunísia disputam a última vaga em Nova York.

Sifuentes somou apenas 14 apoios na última etapa entre 123 países, quando disputava a terceira rodada. Fora da lista de nomes sugeridos pela comunidade internacional, a desembargadora foi escolhida por Bolsonaro.

Procuradores do tribunal examinam uma denúncia contra o presidente por incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos a povos indígenas.  A abertura de um exame preliminar sobre a questão está em pauta.

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