OMM: Atlântico deve ter nova estação atípica de furacões em 2021

Movimento acima do normal é esperado em partes do Caribe, da América Central e EUA, aponta OMM

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONUNews, da Organização das Nações Unidas

Especialistas do Centro de Previsão do Clima, nos Estados Unidos, e da OMM (Organização Meteorológica Mundial) projetam mais uma estação atípica de furacões no Atlântico neste ano. 

A previsão é de 60% de chance de uma estação com movimento de furacões acima do normal e de 30% de possibilidade de uma estação perto dos patamares considerados normais. A época de furacões começa em 1º de junho e termina em 30 de novembro. 

Mas, de acordo com meteorologistas, 2021 deve ficar bem perto do que ocorreu no ano passado, com um nível histórico recorde que esgotou a lista de nomes para as tempestades tropicais. Para esta estação, foram escolhidos 20 nomes, incluindo Claudete, Teresa, Elsa, Julian, Henri e Bill. 

OMM: Atlântico deve ter nova estação atípica de furacões em 2021
Furacão Dorian visto da Estação Espacial Internacional, em setembro de 2019 (Foto: Divulgação/NASA)

O primeiro da lista é Ana. A relação provável de 12 a 20 nomes é compilada para tempestades com ventos de 63km/h ou mais. Desses, de 6 a 10 podem ser tornar furacões com ventos de até 119km/h. A estimativa é de que a estação deste ano inclua de três a cinco grandes furacões de categorias 3 a 5, com ventos de 179 km/h. 

A Nooa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, na sigla em inglês) afirma que essa estimativa tem 70% de possibilidade de ocorrer. As seis estações passadas registraram uma atividade acima da média, deixando centenas de pessoas mortas ou feridas ferimentos e causando bilhões de dólares em prejuízo

No ano passado, a época de furacões bateu o recorde de 30 nomes de tempestades tropicais, incluindo 13 furacões e seis grandes furacões. Em abril, a Nooa atualizou as estatísticas usadas para determinar quando as estações ficam acima da média, perto ou abaixo dessas margens. Baseada nessas estimativas, uma estação de furacões produz 14 tempestades.  

Monções 

Segundo cientistas, temperaturas da superfície oceânica mais quentes que o normal, no Mar do Caribe e no Oceano Atlântico, são os fatores que podem marcar as atividades deste ano, além das monções no oeste africano. 

Especialistas do Nooa também analisam como a mudança climática está impactando a força e a frequência dos ciclones tropicais. O Centro Nacional do Furacão dos Estados Unidos funciona como Centro Meteorológico Regional da OMM. 

Países em desenvolvimento e pequenas ilhas do Caribe e da América Central, assim como grandes cidades costeiras dos Estados Unidos, estão propensas aos impactos dos ciclones tropicais, que podem reverter anos de desenvolvimento socioeconômico em questão de horas.

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