O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foi acusado de mandar matar o ex-oficial da inteligência saudita e seu assessor, Saad Al-Jabri. As informações constam em relatórios do tribunal, em Washington, segundo o jornal “The Guardian“.
Os assassinos seriam do grupo conhecido como ‘Esquadrão do Tigre’ e teriam tentado entrar no Canadá com vistos de turista em 2018. Detidos pelas autoridades canadenses, não puderam dar continuidade ao plano.
Os documentos revelam que Salman via o ex-oficial como uma ameaça ao seu relacionamento com os EUA.
O ex-oficial teria impedido duas supostas conspirações – uma contra sinagogas em Chicago, região central do país, e outra de explosão de dois aviões de carga que se dirigiam aos EUA.

Al-Jabri está exilado no Canadá há três anos. Ele foi assessor direto do príncipe Mohammed bin Nayef, figura proeminente da Casa de Saud, dinastia fundadora da Arábia Saudita.
Em comunicado, o governo canadense afirmou que não comentaria as alegações, mas não as negou.
“Estamos cientes dos incidentes em que os atores estrangeiros tentaram monitorar, intimidar ou ameaçar os canadenses e os que vivem no Canadá”, afirmou o governo.