Recuo na classificação do risco soberano marca 1º semestre de 2020, diz Fitch

Maioria dos rebaixamentos ocorreu na categoria "B" ou inferior e foi centrado na América Latina, Oriente Médio e África

O primeiro semestre de 2020 foi marcado pelo recuo da classificação de risco soberano, conceito que expressa a possibilidade de insolvência de um país diante de um investidor estrangeiro. O cenário é motivado pela pandemia do novo coronavírus.

A maioria dos rebaixamentos ocorreu na categoria “B” ou inferior e foi centrado na América Latina, Oriente Médio e África. A informação é de um relatório divulgado pela agência de classificação de risco Fitch Ratings no último dia 7.

Cerca de um terço dos rebaixamentos dos últimos 12 meses resultou em migrações de classificação para uma categoria inferior. A média global não ponderada se aproxima de “BBB-“, a mais baixa da história, e segue a tendência de queda iniciada há uma década.

Recuo na classificação do risco soberano marca 1º semestre de 2020, diz Fitch
Maioria dos rebaixamentos na avaliação de risco ocorreu na América Latina, Oriente Médio e África (Foto: Pexels)

O portfólio soberano está dividido quase de maneira uniforme entre classificação de grau de investimento, entre “AAA” e “BBB-“, e grau especulativo, entre “BB+” e “B-“.

Ao todo, 40 nações estão com perspectiva negativa, um recorde em termos absolutos. Entre eles, cinco são atualmente classificados como “BBB-“.

A situação sugere que as classificações de grau especulativo, quando há risco de não pagamento, podem pela primeira vez superar as classificações de grau de investimento, dada ao bom pagador.

Segundo a Fitch, não há nenhuma região no mundo com menos de cinco soberanos em perspectiva negativa. Na América Latina, Oriente Médio e África, o número de países nessa situação chega a dois dígitos.

Desde fevereiro de 2018, o Brasil está classificado como BB-, na categoria de grau especulativo, pela Fitch Ratings.

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