Estado Islâmico ataca postos de controle na região de campo de petróleo da Síria

Militantes já mataram mais de dez milicianos ligados ao Irã; em resposta, russos lançaram ataques aéreos

Militantes do EI (Estado Islâmico) estão realizando uma série de ataques aos postos de milícia nas áreas ao redor do campo de petróleo de Arak, ao leste do deserto de Homs, na Síria.

O alerta vem do SOHR (Observatório Sírio para os Direitos Humanos). O posto de guarda da Al-Qura foi o primeiro alvo dos extremistas, disse o diário árabe “Asharq Al-Awsat” na segunda (22). O local é mantido por milícias apoiadas pelo Irã.

Pelo menos quatro milicianos sírios foram mortos durante o ataque na cidade de Al-Asharah. Poucas horas antes, uma bomba explodiu em um carro que levava integrantes do posto da vila de Wadha, na cidade de Maskanah.

Ao todo, militantes mataram oito membros da milícia ligada a Teerã em diferentes postos de controle ao longo do deserto da Síria. Em resposta, jatos russos lançaram ataques aéreos em diversos núcleos do EI. O saldo de mortos ainda é desconhecido.

Estado Islâmico ataca postos de controle nos arredores de campo de petróleo da Síria
Insurgentes do Estado Islâmico no deserto de Homs, Síria (Foto: Reprodução/Observatório Sírio de Direitos Humanos)

Estimativa de mortes

Dados do SOHR apontam que cerca de 1,4 mil soldados morreram em confrontos com o EI desde março de 2019. O número envolve agentes sírios e partidários não-sírios, incluindo russos e iranianos.

“Todos foram mortos em ataques, bombardeios e emboscadas pelo Estado Islâmico”, diz o relatório. A maioria dos atentados ocorreu na região oeste do Rio Eufrates, nos desertos de Deir Ezzor, Homs e Al-Suwaidaa.

As mortes envolvem ainda civis trabalhadores em campos de gás e pastores. Em contrapartida, pelo menos 754 membros do EI morreram em consequência de ataques e bombardeios no mesmo período, apontou a organização.

O avanço do Estado Islâmico na Síria tende a aprofundar a crise sem precedentes deixada pelos nove anos de guerra civil. O país conta com o apoio do exército russo, do aliado Irã e dos libaneses do Hezbollah. No momento, uma trégua no conflito está em vigor.

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