Um ataque empreendido pela coalizão liderada pela Arábia Saudita teria matado dezenas de combatentes da Al-Qaeda na província de Al-Bayda, no Iêmen. Entre os mortos estariam figuras importantes do grupo, de acordo com o site iraniano ABNA.
A ação foi encabeçada pelas forças governamentais do Iêmen e ocorreu entre sexta (2) e sábado (3). Os militares concentraram seus ataques nos distritos de al-Soma’a e Dhi Naem. Entre os mortos está Abu Dhar al-Tayabi, o líder da Al-Qaeda na região.
O Ministro da Informação do governo exilado do Iêmen, Muammar Al-Eryani, anunciou na semana passada que o exército iemenita e as forças de coalizão lançaram uma operação militar em grande escala chamada The Piercing Star, com o objetivo de libertar Al-Bayda.
A coalizão atua em Al-Bayda contra a milícia houthi, que tem suporte do governo do Irã e domina o Iêmen atualmente. A única região do país sob o domínio do governo, apoiado pela Arábia Saudita desde 2015, é Marib. Uma coalizão tenta impedir o avanço dos rebeldes houthis na região desde fevereiro.
Desastre humanitário
A guerra entre governo e os houthis já dura sete anos. A crise humanitária decorrente dos combates é tida como o mais grave do mundo. Em meio aos confrontos, cerca de dois milhões de civis migraram para cerca de 140 alojamentos improvisados no meio do deserto. Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias.
Os rebeldes intensificaram os ataques com mísseis e drones contra a Arábia Saudita desde que Washington incluiu o grupo em sua lista de grupos terroristas internacionais, em janeiro. Os houthis rejeitam a proposta saudita de cessar-fogo e exigem a abertura do espaço aéreo e dos portos do Iêmen.
A guerra do Iêmen começou no final de 2014, após o grupo rebelde houthi, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.