Autoridades iranianas descobriram que um ataque cibernético derrubou o funcionamento dos computadores do porto de Shahid Rajaee, no estreito de Ormuz, no início deste mês.
Agora, oficiais norte-americanos e de outros países desconfiam que o ataque foi perpetrado por Israel. As informações são do jornal norte-americano The Washington Post.
O porto de Shahid Rajaee é o mais novo dos dois maiores terminais de navegação na cidade costeira de Bandar Abbas. O ataque aos computadores foi confirmado no último dia 10 em um pronunciamento à agência de notícias iraniana ILNA.
O invasão prejudicou o tráfego rodoviário e fluvial em torno do porto durante dias. Segundo as fontes, seria uma retaliação israelense a uma tentativa de ataque do Irã. Hackers iranianos teriam tentado entrar nos computadores que operam o sistema de distribuição de água em zonas rurais de Israel.
Um agente de segurança de um governo estrangeiro caracterizou o ataque como “altamente preciso” e disse que os danos ao porto iraniano foram mais graves que os descritos pelo país.
O estreito de Ormuz é estratégico do ponto de vista comercial e geopolítico. Do outro lado, há o Omã, os Emirados Árabes, o Barein e o Catar.

Acusações
Os dois países já trocaram acusações de ataques cibernéticos anteriormente.
No ano passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu afirmou que os oficiais israelenses estão “constantemente detectando e impedindo tentativas iranianas” de invadir a rede de computadores de Israel.
No passado, agências de inteligência norte-americanas e israelenses foram acusadas de liberar um vírus cibernético chamado Stuxnet em uma usina de enriquecimento de urânio no Irã, como tentativa de interromper o programa nuclear iraniano. Nenhum dos países confirmou a atuação.