Israel alega que escola no sul do país foi atingida por drone e responde com ataque à Síria

Estado judeu não informou quem teria sido responsável pela agressão, que teve como alvo uma cidade no sul israelense

Nesta sexta-feira (10), as Forças de Defesa de Israel (IDF, da sigla em inglês) afirmaram que um drone, alegadamente disparado da Síria, atingiu uma escola primária em Eilat, no sul do país, na quinta (9). Em resposta, Tel Aviv retaliou com ataques aéreos, sem especificar a organização síria responsável, conforme informado pela agência Reuters.

Autoridades locais relataram que aproximadamente 40 estudantes estavam no porão da escola quando ela foi atingida. Não houve relatos feridos no ataque, que resultou apenas em danos leves. Um serviço de ambulância comunicou o tratamento de cinco pessoas por ansiedade aguda e um homem por inalação de fumaça.

Em comunicado, Israel responsabilizou o governo sírio por “qualquer atividade terrorista originada em seu território”, e alertou que IDF “responderão severamente a qualquer tentativa de ataque ao território do Estado israelense”.

Pelo X, antigo Twitter, as IDF acrescentaram que “a identidade do drone e as circunstâncias do incidente estão sendo investigadas”.

Unidade israelense de contraterrorismo em exercícios na cidade de Eilat em 2022 (Foto: WikiCommons)

Autoridades locais acreditam que o drone foi lançado do sul da Síria, passando pela Jordânia, antes de atingir Eilat, que fica às margens do mar Vermelho. A cidade abriga dezenas de milhares de pessoas deslocadas do norte de Israel e da região fronteiriça com Gaza.

Na esteira da resposta das IDF, um oficial do Hezbollah e um oficial de segurança libanês relataram que sete combatentes foram mortos na Síria nesta sexta-feira pela manhã (horário local), possivelmente durante um ataque aéreo israelense na província de Homs. Ambos falaram ao jornal Times of Israel sob condição de anonimato.

Também nesse contexto estão os Houthis, um grupo rebelde xiita do Iêmen associado ao Irã. Eles têm lançado ataques com mísseis e drones contra Israel desde 7 de outubro, todos interceptados ou sem sucesso. Na quinta-feira, o movimento afirmou ter disparado mísseis balísticos contra alvos israelenses, incluindo militares em Eilat.

As IDF e o Ministério da Defesa relataram que o sistema de defesa aérea Arrow 3 interceptou com sucesso esses ataques.

Os Houthis afirmam que estão operando como parte do “eixo de resistência” contra Israel, o qual engloba grupos apoiados pelo Irã no Líbano, Síria e Iraque.

O analista Daniel Mueller, que atua pela empresa de segurança marítima Ambrey, afirmou à Reuters que o ataque de drone na quinta-feira foi o primeiro dano confirmado em Eilat desde o início das hostilidades no começo de outubro. Ele também mencionou que o Hamas e os Houthis lançaram vários foguetes, mísseis de cruzeiro e UAVs (aeronaves não tripuladas) contra a cidade, localizada no sul do país.

Diante do incidente, o prefeito de Eilat, Eli Lankri, adotou medidas preventivas, determinando o cancelamento de todas as atividades na cidade. Os moradores foram aconselhados a evitar o local do ataque enquanto as autoridades avaliavam a situação

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