O Baath, partido do presidente sírio, Bashar al-Assad, conquistou a maioria esperada nas eleições parlamentares do país, devastado pela guerra e em meio a uma grave crise econômica. A informação é da Al-Jazeera.
Milhares de pessoas desalojadas pela longa guerra da Síria não foram elegíveis para a votação. Por isso, o membro do comitê de oposição considera as eleições ilegítimas.
A sigla, profundamente ligada ao clã Assad, conquistou 177 das 250 cadeiras do parlamento sírio. O comparecimento na eleição de domingo (19) foi de 33%, contra 57% de 2016.
A eleição, originalmente marcada para abril, foi adiada duas vezes pela pandemia do novo coronavírus. Nas áreas controladas pelo governo, a doença já infectou 561 pessoas e matou 32, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Governo Assad
Apoiado pela Rússia e Irã, o governo de Damasco reconquistou grande parte do território perdido durante a guerra. No entanto, ainda sofre com sanções internacionais e tem de lidar com uma economia em ruínas.
Bashar al-Assad já está há 20 anos no poder. O sírio ascendeu com a morte do pai, Hafez al-Assad, que governou a Síria por outros 30 anos.
À época de sua posse, o filho foi visto como uma oportunidade de mudança para o país, até então governado por um ditador. O cenário não se confirmou: a Síria continua a ser conduzida com mão de ferro e, nos últimos anos, crescente influência do governo russo.