ONU: Órgão pede retorno da Turquia à Convenção contra violência à mulher

O governo em Ancara optou por deixar o tratado que busca prevenir e combater a violência doméstica e de gênero

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

A ONU Mulheres está preocupada com a saída da Turquia da Convenção de Istambul sobre violência a mulheres. Em comunicado conjunto com ao Sistema das Nações Unidas no país, a agência pediu que o país retorne ao tratado de prevenção à violência de gênero e doméstica.

Segundo a agência da ONU, o anúncio é feito num momento em que existe uma ação concertada internacionalmente para acabar com a violência a meninas e mulheres, e quando a própria ONU Mulheres procurar mobilizar mais ação entre as gerações para o tema.

Os casos de agressão a mulheres têm aumentado durante a pandemia da Covid-19 em todo o mundo. Muitas vezes por causa do confinamento social e de medidas de combate à crise global de saúde.

Para a ONU, a solidariedade das nações é fundamental para acabar com a chamada “pandemia paralela” do novo coronavírus, ou seja: a violência de gênero.

ONU: Turquia deve retornar para Convenção sobre violência à mulher
Menina faz agasalhos em abrigo da ONU Mulheres em Gaziantep, na Turquia, dezembro de 2018 (Foto: ONU Mulheres/Fatma Elzehra Muhaimid)

Compromisso

A agência lembrou ainda o apelo do secretário-geral António Guterres sobre o fim da violência a mulheres. Segundo ele, o compromisso dos países, inclusive a Turquia, com a Convenção de Istambul é um elemento-chave para o sucesso.

No comunicado, a ONU Mulheres ressalta que se junta a todos que pedem ao governo da Turquia para seguir implementando o direito das mulheres e meninas e combatendo todas as formas de discriminação feminina.

A ONU realiza nesta semana a 65ª sessão da CSW (Comissão sobre o Estatuto da Mulher, em inglês). O encontro avalia os avanços dos direitos das mulheres em todos os Estados-membros num fórum mundial com governos, sociedade civil e setor privado. A CSW deve terminar na próxima semana.

Relembre a entrevista à ONU News da brasileira Maria da Penha, que inspirou a lei contra a violência a mulher no Brasil.

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