ONU relata 13 mortes em Gaza, incluindo uma criança, e condena escalada da violência

Tensão recente deixou mais de cem palestinos e sete israelenses feridos, de acordo com coordenadora humanitária local

A contínua e séria escalada de violência dentro e ao redor de Gaza entre militantes palestinos e Israel custou a vida de 13 palestinos por ataques aéreos israelenses, incluindo uma criança de 5 anos e uma mulher, informou Lynn Hastings, coordenadora humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas) no território.

Em comunicado divulgado no sábado (6), Hastings expressou sua grave preocupação com a situação, que deixou mais de cem palestinos feridos, assim como sete israelenses. Áreas residenciais em Gaza e Israel também foram atingidas, com 31 famílias agora desabrigadas.

Crianças buscam abrigo em escola na Faixa de Gaza, em meio a bombardeios (Foto: Unicef/Eyad El Baba)

“A situação humanitária em Gaza já é terrível e só pode piorar com esta escalada mais recente. As hostilidades devem parar, a fim de se evitar mais mortes e ferimentos de civis em Gaza e Israel. Os princípios do direito internacional humanitário, incluindo os de distinção, precaução e proporcionalidade, devem ser respeitados por todas as partes”, exortou.

Hastings alertou ainda que o combustível para a Usina de Gaza deve acabaria no sábado e que, por isso, a eletricidade já foi cortada. “A operação contínua de instalações de serviços básicos, como hospitais, escolas, armazéns e abrigos designados para deslocados internos, é essencial e agora está em risco”, alertou.

A coordenadora humanitária acrescentou que o movimento e o acesso de pessoal humanitário, para casos médicos críticos e bens essenciais, incluindo alimentos e combustível em Gaza, não devem ser impedidos para que as necessidades humanitárias possam ser atendidas.

Ela também destacou que as autoridades israelenses e os grupos armados palestinos devem permitir imediatamente que as Nações Unidas e seus parceiros humanitários tragam combustível, alimentos e suprimentos médicos e enviem pessoal humanitário de acordo com os princípios internacionais.

“Reitero o apelo do coordenador especial das Nações Unidas a todos os lados para uma redução imediata e interrupção da violência, para evitar ramificações destrutivas, principalmente para civis”, concluiu Hastings.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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