Operação mata 30 militantes de Al-Qaeda e Taleban no Afeganistão

Militantes estavam na província de Kapisa; suspeita de reunião entre Al-Qaeda e Taleban ganha nova evidência

O Ministério da Defesa do Afeganistão confirmou a morte de 30 militantes da Al-Qaeda e Taleban na província de Kapisa, no domingo (28). O grupo estava no distrito de Nijrab, a cerca de 120 quilômetros da capital Cabul.

Conforme o Exército Nacional e a Força Aérea afegãos, entre os mortos estão 14 integrantes do Taleban e 16 homens paquistaneses ligados à Al-Qaeda, disse a agência estatal chinesa Xinhua.

As autoridades relatam que o grupo mantinha uma “grande quantidade” de armas e munições de alto calibre. Seis militantes ficaram feridos durante a ofensiva, registrou a agência afegã Pajhwok.

Operação termina com 30 militantes da Al-Qaeda e Taleban mortos no Afeganistão
Soldados invadem esconderijo de militantes da Al-Qaeda e Taleban no Afeganistão em agosto de 2002 (Foto: U.S. Army/Marshall Emerson)

A ONU (Organização das Nações Unidas) já havia denunciado uma reunião de integrantes do grupo. A relação teria sido mantida mesmo após o acordo de paz mediado pelos EUA, assinado em 29 de fevereiro de 2020.

No tratado, as partes concordaram em retirar as forças do Afeganistão caso o Taleban cortasse relações com grupos terroristas internacionais – inclusive a Al-Qaeda.

“A continuidade das relações entre o Taleban e a Al-Qaeda pode afetar o processo de paz e causar, inclusive, um atraso na retirada das forças americanas”, alertou um oficial da ONU.

A tentativa de um acordo de paz, iniciada em setembro passado, se dá em meio ao aumento de ataques terroristas e suspensões das negociações entre o Taleban e o governo afegão.


No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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