Forças de segurança da Turquia prenderam a francesa Sarah Talib nesta terça-feira (23), acusada de liderar uma célula do EI (Estado Islâmico) no país. A agência estatal turca Anadolu confirmou a prisão.
Talib integrava a lista da Interpol como criminosa de alta periculosidade. Policiais a detiveram a poucos metros da embaixada da França em Ancara. Ela teria tentado entrar em contato com o consulado para retornar ao país.
Policiais ligados à investigação relataram ao diário turco pró-governo “Daily Sabah” que Talib teria aderido ao EI na Síria e cruzado a fronteira de forma ilegal à Turquia. Após o interrogatório, a criminosa deve ser deportada, disseram autoridades.

Na quinta-feira (18), forças de segurança da Turquia capturaram outro foragido de alta periculosidade ligado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O homem é do Cazaquistão, integra a lista dos “mais procurados” e teve a sua identidade mantida sob anonimato. Policiais o capturaram enquanto tentava cruzar a fronteira da Síria e Turquia na província de Kilis.
Desde que declarou o Estado Islâmico como um grupo terrorista, em 2013, a Turquia foi palco de diversos ataques extremistas. O saldo até então é de dez atentados suicidas, sete atentados a bomba e quatro ataques armados.
Pelo menos 315 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Segundo o Ministério do Interior, cerca de dois mil membros do EI estão presos na Turquia.
Outros sete mil foram deportados em operações contra o grupo extremista nos últimos anos. O país estima que cerca de 70 mil tiveram a entrada barrada por ter ligação com terroristas.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.