EUA e Iraque concordam em processar autores de ataques, ligados ao Irã

Foguetes contra embaixada em Bagdá seriam forma de pressionar pelo retorno ao acordo nuclear de 2015

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, prometeram responsabilizar os autores dos recentes ataques contra as forças da coalizão liderada por Washington no país.

Na segunda (22), ao menos três foguetes foram disparados na direção da embaixada dos EUA na capital iraquiana.

Os ataques acontecem desde o ano passado e costumam ser reivindicados por grupos desconhecidos. A principal suspeita é a de que os mísseis venham de facções ligadas ao Irã, afirmaram analistas à Al-Jazeera.

EUA e Iraque concordam em processar autores de ataques ligados ao Irã
Embaixada dos EUA na zona verde de Bagdá, Iraque, em janeiro de 2014 (Foto: Divulgação/Diplomacy U.S.)

“Biden e Al-Kadhimi concordaram que devem responsabilizar os líderes desses ataques”, disse a Casa Branca nesta terça-feira, em nota sobre o telefonema entre os chefes de Estado.

Com a recente queda de braço entre Teerã e os EUA pela retomada do acordo nuclear de 2015, grupos ligados aos iranianos estariam por trás da campanha de ataques, como uma tentativa de pressionar o governo em Bagdá, alinhado aos norte-americanos.

“Não arriscaremos uma escalada que joga a favor do Irã e contribui para desestabilizar ainda mais o Iraque”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price. Teerã negou ter envolvimento nos ataques.

Apesar de a embaixada norte-americana ter saído ilesa, mísseis atingiram um complexo militar em Erbil, capital da região curda, no dia 15. Duas pessoas morreram – um civil e um empreiteiro estrangeiro que trabalhava com as tropas de Washington.

No Twitter, Al-Khadimi defendeu o fortalecimento das relações entre EUA e Iraque. “Reafirmamos o nosso compromisso de garantir a paz”, escreveu.

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