Apoio à vacinação ajuda a fortalecer os sistemas de saúde na África, segundo a OMS

Taxa de vacinação, hoje perto da média continental de 30%, era no início de 2022 inferior à média de 5% nos países participantes

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Os sistemas de saúde em África têm se tornado mais resilientes e mais bem preparados contra choques de futuras epidemias de doenças evitáveis por vacinação graças a um projeto implementado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e financiado pela União Europeia (UE). 

Segundo a OMS, a cobertura de vacinação contra a Covid-19 está aumentando nos cenários humanitários mais frágeis do continente, à medida que o projeto de dois anos chega ao fim. O objetivo é priorizar as pessoas e comunidades mais vulneráveis. 

A taxa de vacinação, que se aproxima agora da média continental de 30%, era no início de 2022 inferior à média de 5% nos países participantes, entre eles Moçambique. Uma em cada quatro pessoas nestes países recebeu duas doses de vacinação, perfazendo um total de 34 milhões de pessoas. 

O número de profissionais de saúde treinados pela agência da ONU saiu de 130 mil em 2022, para cerca de dois milhões em maio de 2023, o que explica como foi possível ter êxito e alcançar esses resultados.

As vacinas, por sua vez, foram administradas em centros urbanos, aldeias remotas, campos de refugiados e deslocados, locais de trabalho e espaços públicos.  

Campanha de vacinação na cidade de Juba, no Sudão do Sul (Foto: JC McIlwaine/UN Photo)
Resposta eficaz 

Para a OMS, profissionais de saúde treinados são um bem precioso para governos e comunidades nacionais, pois estão preparados e prontos para fornecer uma resposta eficaz a qualquer epidemia futura. 

A agência assinala desempenhos notáveis em todos os países, sendo a Libéria o que mostrou maior progresso, com oito em cada dez pessoas agora vacinadas. Moçambique, Somália e República Centro-Africana ultrapassam a taxa de 40%. Próximas a 40 % estão: Chade, Guiné, Níger, Sudão, Sudão do Sul e Nigéria

Os esforços de vacinação atingiram cerca de 12 milhões de refugiados, deslocados internos e migrantes em 11 países. Quatro em cada dez receberam primeira e segunda doses, designada série primária completa, e mais de metade receberam pelo menos uma dose. 

Série Primária completa 

Cerca de 13 milhões de pessoas entre os grupos vulneráveis foram alcançadas com campanhas de conscientização, realizadas por profissionais de saúde locais nas localidades e idiomas dos beneficiários.   

Cerca de 26 milhões de idosos, o equivalente a 38 % do total em todos os países, completaram a série primária de vacinação que fornece proteção crucial contra a Covid-19. Acredita-se que os programas nacionais de vacinação e imunização estejam fortalecidos no longo prazo com transferência de conhecimento, treinamento e trabalho de campo. 

Os países estão agora mais resilientes contra a Covid-19 e prontos para enfrentar outras doenças evitáveis por vacinação e emergências sanitárias. 

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