Botsuana, no sul da África, encerrou nesta quarta (20) sua quarentena após 48 dias de restrições. Empresas e escolas reabriram sob rígidas condições, na tentativa do país de iniciar sua retoma econômica. As informações são da agência de notícias Reuters.
Nas duas últimas semanas, o país, rico em diamantes, vem aliviando as restrições de isolamento impostas para frear o vírus. As minas de extração estão entre as operações autorizadas a retomar atividades.
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgados nesta quinta (21), o país africano registrou 25 casos do coronavírus e apenas uma morte.
O governo informou que, apesar da liberação, há possibilidade da imposição de novas medidas. Tudo dependerá do padrão de contágio da doença terá a partir da flexibilização.
Neste retorno, as empresas e escolas deverão verificar temperatura corporal das crianças e funcionários, fazer desinfecções regulares e exigir uso de máscara de proteção.
A proibição da entrada de estrangeiros permanece. Também será mantida a quarentena para residentes ou cidadãos que retornarem ao país durante a pandemia.
Economia
Apesar do número de casos confirmados da doença ser baixo, Botsuana sofre com graves impactos na economia.
A previsão de retração é de 13% do PIB (Produto Interno Bruto) este ano – para comparação, a previsão brasileira é da ordem de 5%. O déficit orçamentário já dobrou desde o início da pandemia.
Nos últimos três meses, o país africano tem enfrentado dificuldades em vender os seus diamantes. Isso porque os compradores não conseguem entrar no país para fazer negócio. O problema começou após início das restrições de viagem, que atingiram a maioria dos países.
O governo já iniciou políticas de estímulo fiscal de US$ 413 milhões para amortecer o impacto do surto. Já o Banco Central botsuano cortou a taxa de juros e reduziu as exigências de reservas dos bancos comerciais para melhorar a liquidez do sistema bancário.