A pandemia do novo coronavírus levou 217 destinos globais a adotarem medidas de restrição de viagem, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça (28) pela OMT (Organização Mundial do Turismo).
Essa representa a restrição mais severa em viagens internacionais na história, de acordo com a agência da ONU. Por enquanto, nenhum país suspendeu as medidas impostas para o combate ao coronavírus.
Entre os países pesquisados, 83% tem restrições relacionadas ao Covid-19 há quatro semanas ou mais. Ainda de acordo com o levantamento, 45% das nações fecharam parcialmente ou totalmente suas fronteiras para turistas e 30% suspenderam parcialmente ou totalmente os voos internacionais.
Do total de países com restrições, 18% baniram a entrada de passageiros de países específicos ou que tenham feito viagem para esses lugares e 7% estão aplicando medidas diferentes, como quarentena obrigatória ou isolamento por 14 dias.
Queda no número de viajantes
A Icao (Organização da Aviação Civil Internacional) apontou na última semana que o número de passageiros internacionais pode cair até 1,2 bilhão até setembro deste ano, considerando o ritmo de viagens anterior à pandemia.
Como consequência, a receita das companhias aéreas deve cair entre US$ 160 bilhões e US$ 253 bilhões entre janeiro e setembro de 2020. Europa e Ásia-Pacífico foram apontadas como as regiões mais afetadas, seguidas pela América do Norte.
Recuperação rápida
Mais uma vez, a OMT espera que o setor do turismo tenha uma recuperação rápida com o fim da pandemia. “O turismo tem mostrado seu comprometimento em colocar as pessoas em primeiro lugar. Nosso setor também pode liderar Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT.
O setor é um dos mais afetados diante das medidas restrição impostas para frear a disseminação do vírus. De acordo com a OMT, o turismo mundial pode amargar perdas de US$ 30 a US$ 50 bilhões em gastos dos turistas, o que representa de 20% a 30% no movimento de turistas esperado para o ano.
Esperando um cenário positivo para o pós-crise, Pololikashvili lembra que o setor foi resiliente em outros momentos, como após a crise econômica de 2008-2009.