O Parlamento da Somália retirou o primeiro-ministro Hassan Ali Khaire do cargo após voto de desconfiança no último sábado (25). O motivo foi a não abertura para eleições democráticas em 2021.
Segundo o jornal inglês The Guardian, 170 dos 178 parlamentares apoiaram a moção de censura. A expulsão de Khaire, nomeado em 2017, foi imediatamente aprovada pelo presidente Mohamed Abdullahi Farmajo.
O chefe de Estado já emitiu uma declaração, apontando a escolha de um novo nome para o cargo em breve.
O país estabeleceu o objetivo de realizar uma eleição nacional no início do próximo ano. Hoje, há um complexo sistema em que delegados especiais escolhem legisladores para elegerem o presidente.
Caso o plano se concretize, essa seria a primeira eleição completamente democrática no país desde 1969.
O frágil governo presidido por Farmajo controla apenas uma parte do território da Somália e enfrenta uma insurgência do grupo al-Shabaab, filiado à Al-Qaeda.