Quatro militares foram mortos no centro de Mali, no domingo (4). De acordo com o exército, o comboio com os solados teria sido emboscado por jihadistas. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, informou a agência Reuters.
A região central do Mali atravessa um período de violência devido aos confrontos entre militares e grupos extremistas islâmicos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico (EI).
O ataque ocorre num momento em que a França volta a combater os jihadistas. O presidente Emmanuel Macron chegou a anunciar uma redução das tropas francesas do oeste do Sahel africano devido ao golpe de Estado de maio no país.
A missão Barkhane, do exército francês, teve início em 2013, e desde então 55 soldados morreram em combate ou devido a ataques terroristas. Atualmente, 5,1 mil militares da França estão ativos por lá.
Especialistas e políticos ocidentais enxergam uma geopolítica delicada na região, devido ao aumento constante da influência de grupos jihadistas. Além disso, trata-se de uma posição importante para traficantes de armas e pessoas. A retirada das tropas de Macron tende a aumentar a violência.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.