Uma emboscada realizada por membros do Boko Haram matou 37 soldados das Forças Especiais do Exército da Nigéria nesta terça (13). A informação é do jornal nigeriano Premium Times.
Os militares nigerianos confirmaram o ataque na rodovia que liga as cidades de Maiduguri e Damboa, no norte do país, mas apontaram a morte de apenas dois soldados.
O restante da tropa teria conseguido escapar e abater 17 insurgentes. Outros militares foram feridos durante a emboscada, mas estariam respondendo ao tratamento médico, segundo um comunicado do Exército à imprensa.
No entanto, fontes ouvidas pela reportagem afirmam que as autoridades militares estão tentando minimizar o ocorrido. Além das mortes, outros solados teriam desaparecido durante o confronto.
Os membros do Boko Haram teriam ainda levado quatro caminhões com armas pertencentes ao Exército da Nigéria. Na semana passada, outra emboscada na mesma região teria deixado outros dez militares mortos, incluindo um tenente.
Uma década de ataques
A Nigéria sofre há quase 11 anos com a violência do Boko Haram. Segundo o jornal alemão Deutsche Welle, até o ano passado, mais de 32 mil pessoas morreram por causa da atuação dos insurgentes. Mais de dois milhões de nigerianos precisaram se deslocar.
Existem pelo menos três facções do Boko Haram. Cada uma tem uma relação distinta com o Estado Islâmico, a Al-Qaeda e outros grupos armados.
Nem a pandemia do novo coronavírus inibiu os ataques do grupo. É o maior aumento da violência jihadista no país e em toda a bacia do Lago Chade desde junho de 2018, segundo o think tank norte-americano CFR (Council on Foreign Relations).