Moçambique é exemplo na luta contra o terrorismo, de acordo com as Nações Unidas

António Guterres prega que o combate ao extremismo deve ser ancorado no desenvolvimento sustentável inclusivo e nos direitos humanos

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

s Nações Unidas realizam desde terça-feira (23) a 10ª Reunião do Comitê do Pacto Global de Coordenação Contra o Terrorismo. Na abertura do evento, em Nova York, o secretário-geral, António Guterres, mencionou Moçambique como um dos exemplos nos esforços que envolvem a região no combate ao terrorismo

O país envolve a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e Ruanda em operações de contraterrorismo em Cabo Delgado. O líder da ONU enfatizou que a ação de grupos extremistas continua ativa no país, ao destacar ainda a Somália e a Bacia do Lago Chade como casos de êxito combatendo o problema.

Secretário-geral da ONU, António Guterres (Foto: WikiCommons)

Guterres disse haver clareza em relação ao “padrão perturbador” da ação dos grupos terroristas que alargam seu alcance em cada comunidade. Na sua atuação, eles aumentam as redes continentais com novos combatentes, financiamento e armas. 

Outras táticas aplicadas pelos grupos terroristas incluem o estreitamento de laços com grupos transnacionais do crime organizado e a propagação do medo, da miséria e de ideologias de ódio através do ciberespaço.

Desenvolvimento sustentável e inclusivo

Para o chefe da ONU, os civis pagam o preço mais alto em todos os casos, e o efeito se reflete em toda a humanidade.

Guterres quer que os esforços antiterrorismo estejam ancorados no desenvolvimento sustentável e inclusivo, em primeiro lugar. Ele assinalou que a proposta da Nova Agenda para a Paz enfatiza a prevenção do terrorismo.

Em segundo lugar, o chefe da ONU sugeriu que os direitos humanos orientem esse empenho global, incluindo a garantia da segurança e liberdade das mulheres e meninas.

O chefe da ONU disse ainda que “não há tempo a perder” para aproveitar o potencial do continente africano, que chamou de “lar da esperança” e pronto para enfrentar os desafios do século 21, mesmo em meio à ameaça da expansão rápida do terrorismo.

Ao reafirmar o compromisso global com o contraterrorismo, particularmente com a África e os africanos, Guterres pediu que a comunidade internacional continue unida e criando soluções para eliminar a sombra do terrorismo.

Tags: