Nova tempestade tropical pode atingir Moçambique nos próximos dias

Tempestade Dumako, classificada como moderada, pode evoluir para a categoria severa e atingir Moçambique na sexta (18)

Menos de um mês após a tempestade Ana atingir Moçambique, uma nova tempestade tropical, Dumako, poderá chegar ao país nos próximos dias. O alerta é do Escritório de Assistência Humanitária da ONU (Ocha).  

A tempestade já se formou sobre o Oceano Índico, com ventos que podem chegar a 100 quilômetros por hora. Segundo o Ocha, as autoridades moçambicanas e parceiros humanitários estão monitorando de perto a situação e fazendo revisões dos estoques essenciais.  

Até o momento, a tempestade Dumako está classificada como moderada e deverá passar pelo leste de Madagascar nesta quarta-feira (16), podendo evoluir para a categoria de tempestade severa, atingindo Moçambique na sexta (18).  

Alagamento causado pela tempestade tropical Ana em Moçambique (Foto: Unicef)

Já a tempestade Ana, que atravessou o país em janeiro, matou pelo menos 38 pessoas e afetou 185 mil civis. De acordo com a agência da ONU, o governo de Moçambique calcula que os trabalhos de reconstrução nas três províncias mais atingidas custarão US$ 2,5 milhões.  

Na província de Zambézia, mais de 10 mil receberam assistência humanitária, e em Nampula, 1,5 mil famílias foram beneficiadas. Graças a esses esforços, apenas um abrigo em Tete continua funcionando, sendo que, após a tempestade Ana, 20 centros foram abertos a mais de dez mil moradores.  

Alunos sem escolas  

O desastre natural destruiu mais de 11,7 mil casas em Moçambique, causou danos a 26 centros de saúde, 25 estações de água e a mais de 130 postes de eletricidade.  

Os impactos também foram sentidos na produção de alimentos, com mais de 126 mil hectares de terras destruídos, podendo prejudicar plantações e a segurança alimentar.  

Segundo o Ocha, 781 escolas foram danificadas e 1,6 mil salas de aula destruídas, prejudicando mais de 209 mil alunos.  

A atual temporada de chuvas e de ciclones em Moçambique começou em outubro e já afetou 250 mil moradores.  

De acordo com o Ocha, 60 pessoas perderam a vida, 250 ficaram feridas e as chuvas pesadas e os ventos fortes destruíram também 2,5 mil km de estradas.  

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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