As autoridades da Tunísia confirmaram a morte de cinco suspeitos de integrar uma nova célula do grupo terrorista Katibat Okba Ibn Nafaa, filiado à Al-Qaeda, na terça (18). Três dos supostos membros eram tunisianos, e dois, argelinos.
Os homens estavam em um esconderijo no alto da montanha Chaambi, na região de fronteira com a Argélia. A operação aérea alvejou os suspeitos, disseram comandantes do exército ao diário “The Arab Weekly”.
Grupos islâmicos extremistas avançam na Tunísia desde a deposição do presidente Zine El Abidine Ben Ali, em 2011. No ano seguinte, o exército passou a realizar ofensivas em combate aos terroristas. A maioria se esconde nas montanhas centrais do país.
Essas operações se tornaram cada vez mais frequentes após o fortalecimento de combatentes autointitulados Jund al-Khalifa – ou “soldados do califado”, em referência ao EI (Estado Islâmico). Em geral, esses militantes agem em grupos pequenos na região limítrofe com a Argélia.
Seus ataques, porém, são sempre violentos. Em fevereiro, o EI assumiu a responsabilidade pela morte de quatro soldados em três explosões no monte Mghila – próximo ao Chaambi. O grupo disse que um “espião” foi decapitado.
No mês passado, um provável jihadista suicida detonou uma bomba durante a aproximação das forças de segurança na área remota de Selloum, também na fronteira com a Argélia.
Esses e outros ataques, principalmente quando atingem “alvos fáceis”, como civis, costumam ser reivindicados pelo EI mas executados por pequenos grupos tunisianos.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.