A partir desta segunda (9), 75 líderes de diversos grupos da Líbia – inclusive rebeldes – iniciaram um novo ciclo de discussões pela paz. O encontro, mediado pela ONU (Organização das Nações Unidas), acontece na cidade litorânea de Gammarth, na Tunísia.
De acordo com a Associated Press, o grupo deverá traçar um roteiro para novas eleições ao país marcado pelo caos e pela guerra civil desde o assassinato do ditador Muammar Khadafi, em 2011.
Em seis dias, os líderes devem escolher medidas e datas específicas para dar início a um governo de transição no país.
Quem liderar o período, contudo, não poderá concorrer nas próximas eleições, disse a enviada especial da ONU, Stephanie Williams, que lidera os esforços de pacificação.
A expectiva é que o encontro contribua para pavimentar o mais recente acordo assinado pelo Governo do Acordo Nacional e as forças do general renegado Khalifa Haftar, no dia 23.
Os representantes concordaram em retirar os seus exércitos, nacionais e estrangeiros, das linhas de frente até o final de janeiro.
Rica em petróleo, a Líbia já vê uma ligeira melhora desde a assinatura do acordo com Haftar. Sem o bloqueio aos terminais do país, a estatal petroleira líbia bombeou mais de um milhão de barris por dia desde a última segunda-feira (2).
Até o início de setembro, antes de Haftar desbloquear as entradas de petróleo do país, a extração da matéria-prima estava abaixo dos 100 mil barris por dia.
Barrada, a estatal se encaminhava para um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões e total escassez de combustível no país.
As negociações da Líbia na Tunísia devem se estender até sábado (14).