Os EUA estão deslocando um contingente adicional de tropas para o Oriente Médio em reação à intensificação significativa da violência entre Israel e as forças do Hezbollah no Líbano, o que elevou o risco de um conflito regional mais amplo, informou o Pentágono na segunda-feira (23). As informações são da Associated Press (AP).
O porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder, não informou quantos soldados extras serão enviados nem quais serão suas missões. Atualmente, os EUA têm cerca de 40 mil militares na região.
Na segunda-feira (23), o porta-aviões USS Harry S. Truman, dois contratorpedeiros e um cruzador partiram de Norfolk, no estado da Virgínia, em direção à área da Sexta Frota na Europa como parte de uma missão programada. Essa movimentação permite que os EUA mantenham tanto o Truman quanto o porta-aviões USS Abraham Lincoln, que já está no Golfo Pérsico, na região, caso a violência aumente.
Devido ao aumento das tensões no Oriente Médio, os EUA estão enviando um pequeno número de tropas adicionais para reforçar as forças já presentes na região, afirmou Ryder. Ele não forneceu mais detalhes por questões de segurança operacional.
As novas mobilizações ocorrem após fortes ataques das forças israelenses contra alvos no Líbano, que causaram a morte de centenas de pessoas. Israel está se preparando para novas operações.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu um aviso em vídeo na segunda-feira, pedindo que os civis libaneses evacuem suas casas antes do aumento dos bombardeios aéreos. Ele fez esse alerta enquanto aviões de guerra israelenses atacavam possíveis alvos do Hezbollah no sul e leste do Líbano.
Os EUA têm planos concretos para restaurar a paz na fronteira entre Israel e Líbano, que serão apresentados a aliados e parceiros durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) esta semana, segundo um alto funcionário do Departamento de Estado.
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, no último fim de semana, pedindo um cessar-fogo e uma redução das tensões na região. Ryder afirmou que, embora ainda não tenhamos chegado a um conflito regional mais amplo, a situação é perigosa devido à escalada atual.