A rede de fast food americana McDonald’s está sendo processada por 52 ex-proprietários da franquia por práticas de discriminação racial, informou a Reuters na terça (1).
No processo, ex-proprietários negros acusam a corporação de limitá-los aos bairros dominados pelo crime e com pouco movimento, motivo pelo qual grande parte decretou falência.
“É uma sistemática atribuição a locais abaixo do padrão apenas porque são negros”, disse o advogado de um dos processos, Jim Ferraro, à Reuters. O sucesso das unidades depende de uma boa localização, afirma.
Nos EUA, cerca de 1,6 mil franqueados operam 90% dos 14,4 mil restaurantes da rede. O número de negros, no entanto, caiu de 377 para 186 desde 1998, apontou Ferraro.
Os ex-franqueados também acusam a rede de não oferecer oportunidades ao crescimento dos negros nos mesmos termos dos empresários brancos.
Em fevereiro, dois executivos negros alegaram em uma ação judicial que o McDonalds se utilizou da classificação das lojas para expulsar um número desproporcional de franqueados negros do sistema.
A ação corre no tribunal federal de Chicago, cidade-sede do McDonald’s. Os empresários requerem mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões), alegando redução de danos.
A McDonald’s negou tratar os empresários negros de maneira diferente e afirmou que embora recomende as localizações das lojas, os franqueados tomam as decisões.