Águas baixam e expõem cenário de pesadelo após cheias no Paquistão

Áreas mais críticas são Sindh e Baluquistão, províncias do sul rural, com os serviços essenciais ainda comprometidos

Após as cheias no Paquistão, aldeias inteiras transformadas em ilhas começaram a ressurgir, bem como crianças órfãs e famílias que ainda se protegem com plásticos do frio e do gelo. Esse foi o quadro descrito pelo representante no país do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Abdullah Fadil contou que os números também mostram o pesadelo contínuo vivido pelas crianças. Ele disse que o esforço humanitário continua, com cerca de quatro milhões de menores, que representam metade do total de afetados, ainda estão expostos a doenças após sofrerem com o desastre iniciado em agosto passado.

Enchente na província de Sindh , no Paquistão, setembro de 2022 (Foto: Asad Zaidi/Unicef)

Por outro lado, Fadil disse que a expectativa é de voltem a funcionar 27 mil escolas destruídas durante as enchentes. As ações querem focar nas crianças para os esforços de recuperação, reabilitação e reconstrução.

Em 9 de janeiro, a comunidade internacional prometeu US$ 9 bilhões para o plano de recuperação. Mas, antes das enchentes, cerca de 1,6 milhão de menores já sofriam de desnutrição aguda grave, e outros seis milhões tinham problemas de crescimento. Agora, um problema que já existia aumentou.

O Unicef recomenda uma recuperação econômica real e o crescimento sustentado com investimentos para atender necessidades imediatas e de longo prazo das crianças.

As áreas mais críticas são Sindh e Baluquistão, províncias do sul rural. Para os especialistas, os danos expuseram a necessidade de acesso confiável a serviços essenciais, como saúde, nutrição, educação, proteção, higiene e saneamento, especialmente aos que vivem em comunidades remotas e carentes.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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