Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
As Nações Unidas priorizam a busca de abrigo após terem conseguido acesso à área mais afetada pelo terremoto de magnitude 6,4 no Nepal. O tremor ocorreu pouco antes da meia-noite de sexta-feira (3), horário local.
As autoridades estimam que 153 pessoas morreram e ao menos 338 ficaram feridas após o tremor. Na sequência, um outro sismo de magnitude 5,8 “veio a piorar ainda mais o medo entre os sobreviventes, em particular as crianças”, segundo a ONU.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estima que 1,3 milhão de pessoas podem ter sido afetadas pelo desastre. Aproximadamente 250 mil nepaleses poderão precisar de assistência humanitária.
Com a chegada do inverno, a agência considera essencial que chegue mais auxílio nas próximas 72 horas, especialmente na região do Himalaia.
Falando à ONU News, a chefe da ONU no Nepal, Hanaa Singer Hamdy, disse que além do salvamento é essencial garantir apoio médico e meios para dar resposta a casos de trauma. Outras ações são a evacuação das pessoas, envio de roupas quentes e apoio com itens de saúde e alimentos.
Situação de menores
Na terça-feira (7), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lembrou que metade dos mortos e feridos no terremoto no Nepal é de crianças.
Para a representante da agência no Nepal, Alice Akunga, o desastre ceifou muitas vidas e teve um efeito arrasador nas comunidades. Ela enfatizou que menores foram desproporcionalmente afetados e forçados a passar as noites ao ar livre.
Akunga reiterou o pedido de mais ajuda urgente para responder as necessidades das crianças e das mulheres. As áreas prioritárias incluem saúde, nutrição, educação, proteção e água, saneamento e higiene.
A ONU destaca ainda que é preciso apoiar o Governo do Nepal na mobilização de recursos, ao mesmo tempo que acontece a resposta emergencial com alimentos e suprimentos não alimentares.
O sistema das Nações Unidas no Nepal defende uma intervenção de longo prazo para apoiar políticas internas para mitigar desastres, impulsionar o envolvimento comunitário e melhorar a resposta e coordenação de emergências.