Ativista de direitos humanos morre na prisão no Quirguistão

Azimjon Askarov foi condenado à prisão perpétua por supostamente ter matado um policial

O ativista de direitos humanos Azimjon Askarov morreu no último sábado (25) em uma prisão no Quirguistão, segundo o grupo HRW (Human Rigths Watch).

Askarov cumpria pena de prisão perpétua após um julgamento por motivos políticos, considerado injusto pelo grupo de defesa dos direitos humanos.

A causa da morte ainda não foi divulgada, mas a saúde do ativista se deteriorou depois de sua detenção e piorou nos últimos dias.

Ativista de direitos humanos morre na prisão no Quirguistão
O ativista quirguiz Azimjon Askarov, em imagem de 2013 (Foto: Wikimedia Commons)

Segundo o HRW, cuidados médicos adequados foram negados. Askarov tinha problemas cardíacos e respiratórios. A liberdade condicional foi negada, mesmo com o risco gerado pela pandemia do novo coronavírus.

O ativista foi diretor da Air, organização de direitos humanos no sul do Quirguistão. A entidade fazia documentação das condições das prisões e tratamento dos detentos pelos policiais.

Askarov também documentou a violência e roubos em sua cidade natal, Bazar-Korgon (a 650 quilômetros da capital Bishkek), durante a violência étnica iniciada em 2010 no país. Neste conflito, ele foi acusado de matar um policial.

Para o grupo de direitos humanos, o julgamento de Askarov foi prejudicado por incidentes de violência e violações policiais. Os tribunais também teriam ignorado denúncias de tortura na prisão.

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