Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, fará uma visita ao Brasil entre os dias 18 e 22 de janeiro. A informação foi confirmada na quinta-feira (11) pelo governo chinês, segundo o qual os dois países partilham “posições idênticas ou semelhantes em muitas questões regionais e internacionais.”
A visita ao Brasil ocorrerá após uma passagem pela África e terá também uma parada no Caribe. “O ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, visitará então o Brasil e a Jamaica a convite deles, de 18 a 22 de janeiro”, disse o Ministério chinês em comunicado.
Segundo Beijing, a vinda de Wang ao Brasil marcará o 50º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre os dois países, que desfrutam atualmente de “uma profunda amizade tradicional” e estão engajados em “uma cooperação frutífera no comércio, no intercâmbio entre pessoas e em outras áreas.”
Já na África, última parada antes de vir à América Latina, Wang visitará Egito, Tunísia, Togo e Costa do Marfim, igualmente a convite das nações anfitriãs, entre 13 a 18 de Janeiro, Não está claro, porém, em quais dias exatamente o chanceler chinês estará na Jamaica e no Brasil.
“Aproveitaremos esta oportunidade para cimentar ainda mais a base da confiança política mútua, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica e amigável em todos os níveis e melhorar a comunicação e a coordenação sobre as principais questões internacionais e regionais para o crescimento sustentado e substantivo das relações da China com o Brasil, a Jamaica e a América Latina e o Caribe como um todo”, afirmou o governo chinês.
Reaproximação
O Brasil se reaproximou da China em 2023, contornando assim o distanciamento diplomático registrado no governo do presidente Jair Bolsonaro. Tanto que o país asiático foi um dos primeiros visitados pelo presidente Lula após assumir o mandato.
Na ocasião da visita de Lula, em abril, Brasil e China assinaram 15 acordos de cooperação em diversas áreas, como comércio e indústria, comunicação, inovação, pesquisa e tecnologia. O presidente exaltou na oportunidade o “extraordinário relacionamento” entre os dois países, que “a cada dia que passa fica mais maduro e se fortalece.”
Em seu balanço de 2023, o governo brasileiro citou a China com destaque ao afirmar que o ano marcou a “reconstrução da política externa brasileira.” Destacou a visita de Lula e projetou investimentos de US$ 50 bilhões graças aos acordos assinados. A Agência Brasil, por conta do encontro entre os chefes de Estado, citou ainda a “simpatia mútua” entre os presidente do Brasil e o homólogo chinês Xi Jinping.