Marinheiros dos EUA são presos acusados de compartilhar segredos com a China

Wenheng Zhao e Jinchao Wei enfrentam acusações separadas por supostamente compartilharem planos militares e tecnologia

Dois integrantes da Marinha dos Estados Unidos foram presos acusados de compartilhar segredos militares com a China, colocando em risco a segurança nacional, disse uma autoridade norte-americana nesta quinta-feira (4). As informações são da agência Reuters.

O suboficial Wenheng Zhao, de 26 anos, foi acusado de conspiração e suborno em troca de material sensível, enquanto o marinheiro Jinchao Wei enfrenta acusações por enviar informações de defesa nacional em troca de dinheiro.

Zhao compartilhou planos de exercícios militares dos EUA no Indo-Pacífico, diagramas e detalhes de segurança de bases militares dos EUA no Japão e na Califórnia. Wei divulgou informações sobre o navio de assalto anfíbio USS Essex, bem como manuais técnicos descrevendo as operações e armas de navios de guerra norte-americanos.

Navio USS Essex, onde Jinchao Wei serviu como maquinista (Foto: Official U.S. Navy Page/Flickr)

Durante uma coletiva de imprensa, o procurador-geral assistente de segurança nacional, Matt Olsen, afirmou que sua divisão será “implacável” na busca pela responsabilização.

“Por meio dos crimes alegados cometidos por esses réus, informações militares sensíveis acabaram chegando à República Popular da China”, afirmou Olsen. Ele enfatizou que Beijing se destaca como uma ameaça significativa à segurança dos EUA, acrescentando que seus “esforços malignos para subverter as leis são incomparáveis em audácia e alcance.”

Há anos, as relações entre os EUA e a China têm sido marcadas por tensões em várias questões, abrangendo segurança nacional e comércio. Washington acusa Beijing de envolvimento em espionagem e ataques cibernéticos, acusações prontamente rejeitadas pelo governo chinês. Além disso, a China afirmou estar sob constante ameaça de atividades de espionagem. Essas divergências têm contribuído para um cenário complexo e delicado nas relações bilaterais entre as duas potências globais.

No final de janeiro, por exemplo, um tumulto político surgiu nos Estados Unidos quando um suposto balão espião chinês foi avistado atravessando a América do Norte, passando por locais militares sensíveis. O governo chinês afirmou que era apenas um balão meteorológico civil, enquanto as autoridades norte-americanas insistiram que era claramente destinado à vigilância de inteligência.

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