Um projeto de lei foi apresentando na Coreia do Sul, com o objetivo de proibir a discriminação no país com base na orientação sexual, identidade de gênero ou características sexuais.
Para a Anistia Internacional, a proposta, apresentada no último dia 29 pelo Partido da Justiça, pode tornar o país um pioneiro na Ásia e traria “esperança e segurança a muitos”.
Esta é a sétima vez que um projeto antidiscriminação é apresentado na Assembleia Nacional da Coreia do Sul e a primeira desde 2006.
No último dia 8, o Partido Democrata, no poder, indicou que poderia apresentar um projeto semelhante. As diferentes siglas podem se comprometer com a apresentação de um texto final sobre a matéria.
A discriminação contra pessoas LGBT continua a existir na Coreia do Sul e é arraigada. A relação consensual entre pessoas do mesmo sexo é proibida nas Forças Armadas, apesar de não ser ilegal para o restante dos cidadãos.
Covid-19
A pandemia também lançou luz sobre o preconceito no país. Em maio, o país registrou uma onda de ataques homofóbicos nas redes sociais após um jornal cristão publicar boatos de que um dos contaminados havia “ido a uma boate gay” no bairro boêmio de Itaewon, na capital Seul.
Ativistas contra a homofobia criticaram a publicação. Já as autoridades alegam que as infecções em Itaewon podem ter começado muito antes de o homem contrair a doença.
A situação gerou um novo estigma aos gays durante a nova onda de contágios. Muitos passaram a temer represálias, incluindo risco de demissão caso precisassem entrar em quarentena.