Supertufão nas Filipinas atingiu 3 milhões de pessoas e matou ao menos 258, diz ONU

Informações iniciais indicam que 23 mil hectares de plantações de arroz foram destruídos, com perdas estimadas em US$ 73 milhões

O supertufão Rai, ou Odete, que atingiu dez regiões da Filipinas na última semana, matou ao menos 258 pessoas e deixou 568 feridas, com 47 civis ainda desaparecidos. De acordo com a ONU (organização das Nações Unidas), mais de 3 milhões de pessoas sofrem com os impactos do evento climático.

O Ocha (Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários) revelou nesta quinta-feira (23) que mais de 200 municípios continuam sem eletricidade.

As primeiras informações sobre o impacto econômico do desastre natural indicam que 23 mil hectares de plantações de arroz foram destruídos, com perdas estimadas em US$ 73 milhões.  

Segundo o Ocha, mais de 631 mil pessoas ficaram desalojadas após a passagem do Rai, que destruiu quase 160 mil casas. E é possível que o número aumente nos próximos dias.  

Estrago causado pelo supertufão Rai, ou Odete, nas Filipinas em 2021 (Foto: Marysol Balane/Unicef)

De acordo com o governo das Filipinas, o custo parcial dos danos à infraestrutura é de US$ 4,2 milhões. Nas áreas mais arrasadas, o Ocha teme que a situação humanitária piore se não houver ação imediata. São necessários US$ 1,4 milhão para assistência humanitária.  

Um dos desafios é que a maioria dos governos locais nas Filipinas já gastaram todo o dinheiro do orçamento deste ano devido ao combate à pandemia de Covid-19.  

Relatos de Puerto Princesa, em Palawan, indicam que já não há água, luz e internet e não existem indicações de quando os serviços serão restaurados. Na quarta-feira (22), o governo local de Roxas reportou que o impacto na agricultura e na criação de gado é significativo, com danos em mais de 80% dos setores.  

Hospitais e centros de saúde também foram destruídos com os ventos fortes e as inundações, assim como 80% das escolas e dos supermercados. A ponte Langogan, em Puerto Princesa, foi parcialmente danificada, e neste momento apenas motos conseguem atravessá-la.  

O Ocha destaca que outro problema nas Filipinas é a insegurança alimentar entre as comunidades afetadas pelo supertufão, especialmente entre crianças, idosos e mulheres que estão amamentando.  

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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