Vítima de dois atentados, jornalista é morto a tiros nas Filipinas

Jornalista é o 18º morto desde a eleição de Duterte, em 2016; Filipinas ocupa 136º lugar em liberdade de imprensa

O jornalista Virgilio Maganes morreu após ser alvejado por seis tiros na última terça (10), na província de Pangasinan, nas Filipinas.

Este foi o segundo atentado vivido pelo comentarista de 62 anos, que trabalhava em uma estação de rádio, de acordo com o IPI (Instituto Internacional de Imprensa). A polícia filipina não esclareceu sobre as investigações do assassinato.

Ao condenar a morte, o Sindicato Nacional dos Jornalistas das Filipinas informou que Maganes é o 18º jornalista morto desde a eleição do presidente Rodrigo Duterte, em 2016.

Há quatro anos, o jornalista sobreviveu a um tiroteio após se fingir de morto. Na cena do crime, os criminosos deixaram um bilhete se passando por Maganes. “Sou um traficante de drogas, não me imite”, estava escrito.

Vítima do segundo atentado, jornalista é morto a tiros nas Filipinas
O jornalista filipino Virgilio Maganes, em junho de 2020 (Foto: Reprodução/Facebook)

Essas mensagens se tornaram comuns em cenas de execuções extrajudiciais das campanhas do governo contra drogas ilícitas ao longo da última década.

Tida como uma “permissão para matar”, a lei anti-drogas das Filipinas já deu amparo a mais de 200 mortes de ativistas, advogados, jornalistas e sindicalistas no país.

No ranking de Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras de 2020, as Filipinas aparecem em 136º lugar entre 180 países. A nação asiática de 106 milhões de habitantes ainda ocupa o 7º lugar no índice global de impunidade.

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