Países já prontos para iniciar medidas de flexibilização do isolamento contra a Covid-19 devem conduzir um “processo em fases”, pediu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), em reunião virtual com os ministros da Saúde dos países do G20 neste domingo (19).
Para Ghebreyesus, essas nações devem estar preparadas para responder com rapidez a uma segunda onda de contaminação, caso ocorra. Também é preciso levar em conta que cada país está em um estágio diferente da pandemia, alertou.
“[Os países] devem ter a capacidade de detectar, testar, isolar e cuidar de cada caso e rastrear cada contato. E garantir que seus sistemas de saúde tenham a capacidade de absorver qualquer aumento nos casos”.
Áustria, Alemanha e Itália são alguns dos países que já anunciam afrouxamento nas restrições de circulação de pessoas.
O diretor da OMS também mostrou preocupação com o aumento de casos em países aos quais “falta a capacidade de muitos países do G20 de resposta”.
Foi o primeiro compromisso internacional de Nelson Teich, novo ministro da Saúde brasileiro, que assumiu o cargo na última sexta (17) substituindo Luiz Henrique Mandetta.
O novo ministro afirmou que o Brasil “reconhece o papel da OMS”, e debateu como usar a testagem na população para “entender melhor a prevalência e a evolução da doença”.
Participam do G20 Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
O grupo representa 90% do PIB, 80% do comércio global e dois terços da população global. Neste ano, é presidido pela Arábia Saudita.