ONU: Conselho de Segurança aprova vacinação a Covid-19 em áreas de conflito

Resolução foi apresentada pelo Reino Unido e aprovada por unanimidade; operação deve ocorrer até abril

Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

O Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, uma resolução pedindo que todos os Estados-membros apoiem acordos de cessar-fogo para permitir a vacinação contra a pandemia em áreas de conflito.  

O Reino Unido, que ocupa a presidência rotativa do órgão, apresentou a resolução. O texto exige que todas as partes em conflitos armados façam uma pausa humanitária imediatamente.

A suspensão servirá para facilitar, entre outras coisas, a entrega equitativa, segura e desimpedida de vacinas contra a Covid-19 em áreas de conflito. 

ONU: Conselho de Segurança quer vacinação contra Covid-19 em áreas de conflito
Agente de saúde aplica vacina à Covid-19 em homem do grupo de risco no centro de vacinação de Treichville, Costa do Marfim, em 1 de março de 2021 (Foto: UN Photo/Covax/Miléquêm Diarassouba)

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, saudou a decisão, mas defendeu “passos concretos”, como quebrar patentes e propriedade intelectual, para aumentar produção, a cobertura das vacinas e eliminar o vírus o mais rápido possível.

“O Conselho de Segurança pode fazê-lo, se existir vontade política, mas existe alta de cooperação e resistência séria ao tema”, disse. Em abril, o secretário-geral, António Guterres, lançou um apelo para um cessar-fogo global para lutar contra a pandemia.  

Vacinação 

Na quarta (24), Gana se tornou o primeiro país fora da Índia a receber doses da vacina Covid-19 através da Covax. Na sexta-feira, a Costa do Marfim recebeu seus primeiros lotes. 

Segundo Tedros, mais países receberão novas doses nos próximos dias e semanas. A OMS tem o objetivo de iniciar a vacinação em todas as áreas de conflito e países nos primeiros 100 dias deste ano.  

Para a OMS, as vacinas são uma ferramenta poderosa e o mundo precisa acelerar a distribuição de diagnósticos rápidos e oxigênio. A logística para entregar o medicamento dexametasona, usado para tratar a doença, também é essencial.

A OMS lançou o seu Plano Estratégico de Preparação e Resposta para 2021, de seis objetivos e os 10 pilares essenciais da resposta, na quarta-feira.

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