Revisão da resposta da OMS à pandemia da Covid-19 começa no dia 17

Reuniões vão investigar possíveis irregularidades na transparência da OMS durante pandemia; trabalho vai até abril

A pedido dos Estados-membros, a resposta da OMS (Organização Mundial da Saúde) à pandemia será investigada. As reuniões começam em 17 de setembro e se estendem até abril de 2021, informou a Associated Press.

Os membros pediram pela investigação depois que os Estados Unidos acusaram a agência das Nações Unidas de má administração e conspiração com a China, em maio.

Agora o grupo liderado pela ex-presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e a ex-premiê da Nova Zelândia, Helen Clark, terá acesso irrestrito a todos os documentos e emails internos enviados à ONU durante a investigação.

Revisão da resposta da OMS à pandemia da Covid-19 começa no dia 17
Cúpula da OMS durante a 69ª Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra, na Suíça, durante fala da ex-diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em 2016 (Foto: U.S. Mission/Eric Bridiers)

A frente também quer compreender se um leque maior de informações poderia ter sido mais útil à resposta de combate da pandemia.

Reportagens mostraram que a China atrasou em semanas a liberação de informações sobre a sequência genética do vírus à OMS.

Ao mesmo tempo, gravações das reuniões internas da agência da ONU mostraram funcionários frustrados pela falta de compartilhamento de informações.

Os 11 integrantes da frente que investigará a resposta da OMS se apresentaram durante coletiva de imprensa na quinta (3).

Um deles é a médica Joanne Liu, crítica da OMS durante sua presidência na ONG Médicos Sem Fronteiras no auge do surto do Ebola, entre 2014 e 2016, na África Ocidental.

Sirleaf e Clark ressaltaram que a escolha dos integrantes dessa força-tarefa não teve qualquer interferência da OMS.

A expectativa é que o grupo já tenha resultados em novembro para publicar o relatório final até dezembro do próximo ano.

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