A IFJ (Federação Internacional de Jornalistas, em inglês) exigiu que as autoridades de Camboja investiguem a morte do jornalista Koy Piseth.
Moradores encontraram o corpo do repórter televisivo de 24 anos no dia 29 de setembro junto de sua moto acidentada na capital do país, Phnom Penh, informou a organização.
Enquanto a polícia afirma que Piseth sofreu um acidente, imagens de uma câmera de videomonitoramento revelam que o jornalista foi espancado até a morte. O agressor ainda não foi identificado.
A morte ocorre em um momento tenso para os profissionais da imprensa no país asiático.
No dia 28, outro ataque deixou quatro jornalistas feridos na província de Tbong Khmum. A perseguição ocorreu depois que os profissionais noticiaram crimes florestais no distrito.
“A IFJ apela ao governo cambojano para estabelecer proteções mais fortes e garantir a segurança dos jornalistas”, pediu o secretário-geral da organização, Anthony Bellanger.
Mergulhado em denúncias, o governo de Camboja se utiliza da pandemia para repreender a imprensa independente do país e políticos da oposição.
Pelo menos dois jornalistas estão detidos por críticas ao primeiro-ministro, Hun Sen. O Comitê para a Proteção de Jornalistas solicita a soltura desde junho, mas não recebe resposta desde então.