Nesta sexta-feira (13), em comunicado do Departamento de Estado, os EUA informaram que não apoiam as eleições municipais nas áreas controladas pelo YPG/PKK no nordeste da Síria, alegando que as condições para eleições “livres” e “inclusivas” não estão presentes.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, declarou que as condições necessárias para eleições “livres, justas, transparentes e inclusivas” na Síria, incluindo no Norte e no Leste, não foram atendidas. Por isso, os EUA não apoiam o recente anúncio da Administração Autônoma Democrática do Norte e Leste da Síria (DAANES) para iniciar os preparativos para as eleições municipais.
“Os Estados Unidos têm reiterado que quaisquer eleições na Síria devem ser livres, justas, transparentes e inclusivas, conforme a Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU. Atualmente, essas condições não estão presentes na Síria, incluindo no Norte e no Leste”, acrescentou.
A declaração foi feita após o YPG (Unidade de Proteção do Povo), tida também como braço armado do PKK (Partido dos Trabalhadores Curdos), anunciar planos para realizar eleições municipais na região que controla no nordeste da Síria. A Turquia se opõe à medida devido aos laços do YPG com o grupo terrorista PKK, que também é classificado como tal pelos EUA e pela União Europeia (UE).
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou que a Turquia não permitirá a formação de uma “terra do terror” ao sul de suas fronteiras, no norte da Síria e do Iraque.
Washington consideram o YPG, que agora é chamado de Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão de milícias curdas apoiada pelo governo dos EUA no país do Oriente Médio, como um aliado na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e não o classificam como grupo terrorista, embora o PKK seja reconhecido como tal.
A Turquia rejeita o apoio dos EUA ao YPG devido aos seus laços com o PKK, um grupo que realiza uma campanha de terror contra a Turquia há mais de 35 anos e é responsável por mais de 40 mil mortes, segundo números oficiais.