Civis pagam o preço: quase 80 mortos em solo russo desde invasão à Ucrânia

Região de Belgorod, na fronteira com o país invadido, registra o maior número de vítimas, com 48 pessoas mortas, incluindo crianças

Setenta e nove civis russos perderam a vida em razão da guerra, e uma região fronteiriça com a Ucrânia em particular está enfrentando as consequências da “operação especial” iniciada há um ano e meio por Vladimir Putin. O número foi divulgado na terça-feira (1°) pelo site de notícias independente russo 7×7, conforme repercutiu o jornal The Moscow Times.

Desde o início da invasão em fevereiro de 2022, chamada por Moscou de “operação especial militar”, as regiões russas próximas à fronteira com a Ucrânia têm sido alvo de bombardeios regulares, atingindo tanto alvos civis quanto militares.

A região de Belgorod foi a mais afetada, com 48 pessoas mortas devido a ataques de drones e bombardeios. Outras regiões também registraram vítimas: 16 em Krasnodar, 10 em Bryansk e cinco em Kursk. As vítimas tinham idade entre 5 e 84 anos.

Veículos blindados militares ucranianos nos arredores da cidade russa de Shebekino em 1º de junho de 2023 (Foto: WikiCommons)

Desde o início de junho, os ataques ao território russo alcançaram uma intensidade sem precedentes, com a ocupação de aldeias, confrontos de artilharia, perda de vidas civis e feridos, resultando em um aumento no número de pessoas que fogem das áreas de combate. A situação forçou uma grande evacuação no distrito de Shebekino, em Belgorod.

As informações sobre as mortes foram coletadas pela agência monitorando notícias locais e nacionais, além de postagens e comentários de parentes e amigos das vítimas nas mídias sociais russas. Alguns nomes das vítimas foram fornecidos diretamente por seus familiares.

No ano passado, os governadores Vyacheslav Gladkov (região de Belgorod) e Roman Starovoit (região de Kursk) anunciaram a criação de unidades territoriais de autodefesa.

Moscou também enfrentou ataques de drones neste verão. De acordo com a mídia independente Vyorstka, houve pelo menos 28 ataques de aeronaves não tripuladas direcionadas à capital e à região adjacente.

Kiev nunca admitiu responsabilidade pelos ataques ao território russo. Entretanto, após uma recente ação de drones na área financeira da cidade de Moscou, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no domingo (30) que “a guerra estava voltando para a Rússia”.

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