Setenta e nove civis russos perderam a vida em razão da guerra, e uma região fronteiriça com a Ucrânia em particular está enfrentando as consequências da “operação especial” iniciada há um ano e meio por Vladimir Putin. O número foi divulgado na terça-feira (1°) pelo site de notícias independente russo 7×7, conforme repercutiu o jornal The Moscow Times.
Desde o início da invasão em fevereiro de 2022, chamada por Moscou de “operação especial militar”, as regiões russas próximas à fronteira com a Ucrânia têm sido alvo de bombardeios regulares, atingindo tanto alvos civis quanto militares.
A região de Belgorod foi a mais afetada, com 48 pessoas mortas devido a ataques de drones e bombardeios. Outras regiões também registraram vítimas: 16 em Krasnodar, 10 em Bryansk e cinco em Kursk. As vítimas tinham idade entre 5 e 84 anos.
Desde o início de junho, os ataques ao território russo alcançaram uma intensidade sem precedentes, com a ocupação de aldeias, confrontos de artilharia, perda de vidas civis e feridos, resultando em um aumento no número de pessoas que fogem das áreas de combate. A situação forçou uma grande evacuação no distrito de Shebekino, em Belgorod.
As informações sobre as mortes foram coletadas pela agência monitorando notícias locais e nacionais, além de postagens e comentários de parentes e amigos das vítimas nas mídias sociais russas. Alguns nomes das vítimas foram fornecidos diretamente por seus familiares.
No ano passado, os governadores Vyacheslav Gladkov (região de Belgorod) e Roman Starovoit (região de Kursk) anunciaram a criação de unidades territoriais de autodefesa.
Moscou também enfrentou ataques de drones neste verão. De acordo com a mídia independente Vyorstka, houve pelo menos 28 ataques de aeronaves não tripuladas direcionadas à capital e à região adjacente.
Kiev nunca admitiu responsabilidade pelos ataques ao território russo. Entretanto, após uma recente ação de drones na área financeira da cidade de Moscou, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no domingo (30) que “a guerra estava voltando para a Rússia”.