Após quase dois meses, ucranianos começam a ser retirados da usina de Azovstal

ONU e Cruz Vermelha criam passagem segura para evacuação de mulheres, crianças e idosos sitiados há quase dois meses

O Ocha (Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários) anunciou neste domingo (1º) que uma passagem segura foi criada para evacuar civis da siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia

Segundo o porta-voz do Ocha, Saviano Abreu, a retirada de mulheres, crianças e idosos é coordenada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além das partes em conflito, Rússia e Ucrânia. 

Essas pessoas estavam há quase dois meses sitiadas na fábrica de aço e agora seguem para a cidade de Zaporiska, onde receberão apoio humanitário, incluindo serviços psicológicos. 

Siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia (Foto: Wikimedia Commons)

A operação começou na sexta-feira (29), quando um comboio da ONU e da Cruz Vermelha viajou 230 quilômetros desde Zaporizka até chegar à siderúrgica em Mariupol no sábado (29) pela manhã.

Segundo o porta-voz do Ocha, a operação continua em andamento, mas não seriam divulgados mais detalhes para garantir a segurança de todos os civis e trabalhadores humanitários. 

Guerra atinge a África

A ONU continua trabalhando pela saída segura dos civis que estão na cidade de Mariupol. O secretário-geral da entidade, o português António Guterres, está no Senegal, e na noite deste domingo (1º) falou com jornalistas na capital Dacar, ao lado do presidente Macky Sall.

Guterres afirmou que a “guerra na Ucrânia está agravando uma crise tripla na África”, nos setores financeiro, de energia e de alimentação. Esta é a primeira vez que o chefe da ONU vai à África desde o início da pandemia de Covid-19. Nesta semana, Guterres visitará ainda Níger e Nigéria. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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