O presidente do Kosovo, Hashim Thaci, chegou nesta segunda (13) em Haia, na Holanda, para uma reunião com os promotores que o indiciaram por crimes de guerra e contra a humanidade.
Thaci foi alvo em junho de uma denúncia feita pela promotoria especial que trata de casos de crimes cometidos por guerrilheiros do Exército de Libertação do Kosovo. O órgão foi criado em Haia, em 2015, para lidar com o espólio da revolta de 1998, que levou à independência do país.
A acusação inclui quase 100 assassinatos. Outras pessoas também foram indiciadas, como o ex-presidente do parlamento kosovar Kadri Veseli. Aliado de Thaci, Veseli também é ex-comandante do exército e atuou no conflito.
As primeiras alegações de crimes de guerra contra o Exército de Libertação surgiram em um relatório de 2011 da agência de direitos do Conselho da Europa. Guerrilheiros foram acusados de matar civis sérvios e opositores políticos albaneses.
Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente kosovar contemporizou. “É o preço que se paga pela liberdade”, declarou, ao chegar na promotoria de Haia.
O juiz deve levar meses para decidir se o caso, construído pelo Ministério Público Especial, é forte o suficiente para ir à julgamento.