Os Estados Unidos impuseram nesta segunda (20) sanções ao presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, por violações de direitos humanos. Fiel aliado de Vladimir Putin, ele lidera a república russa desde 2007.
São ligados a ele casos de tortura, sequestros e assassinatos extrajudiciais. A medida também vale para a esposa e as duas filhas de Kadyrov.
Denúncias de grupos internacionais de defesas dos direitos humanos incluem ainda repressão contra gays, com mais de 100 pessoas presas. Muitos foram submetidos a torturas e até mortos, segundo a agência de notícias Associated Press.

Em sua declaração, o secretário de Estado Mike Pompeo afirmou que os EUA tem “amplas informações confiáveis” sobre a responsabilidade de Kadyrov em inúmeras “violações grosseiras” de direitos humanos há mais de uma década.
A Rússia tem confiado no líder da Chechênia para estabilizar o território. Desde as duas guerras separatistas, em 1994 e 1999, Moscou age por meio de Kadyrov oferecendo generosos subsídios e rejeitando críticas internacionais em relação ao governo.
O Kremlin também apoiou Kadyrov em meio às alegações de seu envolvimento no assassinato de Boris Nemtsov, político da oposição russa, em 2015.