O embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, manifestou preocupação com as prisões de lideranças da etnia dos tártaros na Crimeia, realizadas pela Rússia nas últimas semanas.
O desagravo foi manifestado em carta do último dia 7. A correspondência foi enviada ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres.
Os tártaros são uma população muçulmana que vive na região, anexada por Moscou de forma unilateral em 2014. Segundo o embaixador, há notícias de prisões “motivadas politicamente” todos os dias.

“No território da Crimeia ocupada, o Estado ocupante entende como ameaça e atividade terrorista o que é considerado normal na Ucrânia e em outras democracias”, afirma o embaixador.
Na avaliação de Kyslytsya, que representa o governo de Kiev, “buscas direcionadas nas residências de muçulmanos da Crimeia são evidência de perseguição por motivos religiosos”.
A Assembleia-Geral da ONU adotou, em 18 de dezembro de 2019, uma resolução que rejeitava o reconhecimento da península como parte da Rússia.
O documento também condenou violações aos direitos das populações não-russas que vivem na Crimeia.